sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Contando um conto, Pobre Não Tem Sorte


Não tenho o costume de fazer resenha, mas parece que a Mariana (@marilouveira) tava me pedindo, porque a sensação que tive das linhas de Leila Rego (@LeilaRego) foi de “eu tenho que compartilhar com alguém”. Não é a toa que enquanto lia Pobre Não Tem Sorte, pensei em pelo menos três amigas para emprestar, com aquele ar de “você tem que ler esse livro!”.

A primeira vez que o vi foi em divulgação pela internet e o nome me chamou a atenção. Ficou no meu skoob, me dizendo ser um chicklit de muita comédia – comprovado e aprovado. ~ e foi por ele que conheci o grupo Novas Letras (@novasletras)... ganhei um sorteio deles, e além de ter ganhado o livro (autografado), ele chegou na semana do meu aniversário :D 
Brinquei com um amigo dizendo que “pobre não tinha sorte” porque o primeiro sorteio não saiu meu nome, mas por alguma razão fizeram um novo sorteio e cá estou compartilhando.  

Pobre Não Tem Sorte é o tipo de livro que, se você precisa fazer uma pausa daquele estresse e rir um pouco, ele te oferece mais que isso. Te prende a ponto de você se prometer ler mais uma página para fazer um break e ir fazer seu jantar, e você acaba lendo umas cinco a mais nessa brincadeira. E ainda enquanto faz o jantar fica rindo sozinha. Aí você volta pro livro e não se aguenta, ri que se acaba... 
Impossível não rir com a Mariana e como ela conta sua trajetória. ~ a propósito, uma moça no ônibus me disse "esse livro deve ser ótimo, porque você não para de rir". 

Mariana é aquela personagem que de início você não vai com a cara dela.
Pense na Elle Woods de Legalmente Loira. Pense quão fresca, egoísta, mimada, fútil...
A Mariana poderia ser uma Elle Woods, mas não é. Sim, é fresca, mimada, fútil, egoísta... Mas é pobre. Quer dizer, ela tem vida estável, mora com os pais e a irmã, num apartamento bem apertado, trabalha, fez faculdade... ela só não é cheia da grana o quanto ela queria. E te contar, ela queria até demais. Dizia que o destino era distraído e quando foi a época dela nascer, ela foi parar no interior de São Paulo, numa cidade chamada Presidente Prudente. Cadê a Europa?
~ Pobre não tem sorte.

Mas então, Mariana vai casar. Com o melhor partido daquela cidade, aquele que se poderia dizer BBB – nada de Big Brother Brasil – o Bom, Bonito e Besta: Edu. Ok, não tão besta. Ele só é um pouco avoado. E Leila Rego escreveu o prólogo descrevendo os momentos desesperados de Mariana antes de ir pra igreja... com Edu invadindo seu quarto dizendo que não queria mais casar.

Então somos levados por Mari contando sua história de vida e como ela queria ser rica, como ela era materialista, como queria arrasar e ser uma famosa socialite... e como tentava manter um status com o pouco que ganhava no seu trabalho, escondendo todo o lado humilde da família de viver. Praticamente empurrou o casamento... parecia que batalhava pra derrubar a sogra, a jararaca-de-perfume-francês, a jararaca-que-já-estava-me-dando-nos-nervos, a jararaca-que-só-anda-de-bolsa-de-grife, e não viver ao lado de seu amor Edu. E o casamento não acontece, Edu não estava preparado. Só ele?

Um conto ótimo sobre ter valores, ter amigos, levar tapa na cara e ainda sair sorrindo, porque pobre tem sorte... Só tem que descobrir como essa sorte trabalha e ter isso a seu favor. Mariana precisava de um tempo; dele que ela tirou umas ideias mirabolantes, situações constrangedoras e conhecer mais dela que ela nem notava mais por causa de suas ambições. Calma, Mari, tem salvação ~ tanto que existe Pobre Não Tem Sorte 2 e eu já estou doida pra saber o que ela aprontou na capital!

~> Difícil deixar um quote... difícil escolha:
Eu adoro viajar de avião, nasci para isso. Apesar de ainda não ter viajado.
Ouvi um risinho?
p. 51

~> Leila Rego nasceu no Paraná, é escritora e formada em Turismo.  

2 comentários:

  1. Muito interessante tua resenha. É praticamente uma convesa de ônibus, daquelas que vai ficando boa e só não fica melhor ainda porque a parada tá chegando, e como o ônibus tá lotado é bom ir levantando logo.. rsrs
    Eu só discordo (concordo) em um ponto: acho que pobre não tem sorte não. Não ter sorte já é ter sorte. Sorte sem esforço é para os fracos! rsrs (@JeffMaciel)

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  2. Acho que tive essa sensação, de conversa de ônibus bem empolgada ;P

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