sábado, 16 de fevereiro de 2013

Um jantar bem... peculiar


Soube da tag do Jantar Literário pela Deyse Batista – um jantar onde vários personagens da ficção literária estariam presentes, convidados super especiais que fariam uma noite senão memorável, um sonho talvez. Eis que fiquei comigo pensando em responder a tag, quem seriam essas pessoas que receberiam meu convite e o que neles eu gostaria de ver nesse jantar – ou o porquê que justificasse um envio de convite a eles.

Vi o vídeo da Deyse e um do vlog da LiteralmenteVlogando para pegar as perguntinhas que construiriam essa noite, categorias que organizam as escolhas de personagens. Diferentemente dos que vi pela pesquisa no google, vai aí um jantar descrito em texto.


Imagino que, numa noite tão especial dessas, não dá pra ser na minha casa nem de outra pessoa, tem que ser num local diferente, bem apresentável, que comporte a todos. Um lugar público então, um restaurante, onde tudo é muito aberto e tudo muito “fechado” (se pensar que cada mesa é uma bolha única). Vamos ao Mastriani's, que é um estabelecimento mais refinado em relação aos outros restaurantes da família Mastriani (Meg Cabot – Quando Cai o Raio), onde – imaginemos – Hannah Swensen ser a atração das sobremesas (Joanne Fluke – OMistério do Chocolate). Apesar de não conhecer bem a Hannah – ainda – penso que ela seja merecedora de mostrar seus dotes de confeitaria numa noite tão privilegiada assim... até porque ela merece “tranquilidade” depois de umas agitações envolvendo uns assassinatos na sua loja. Sim, senhor Mastriani prometeria a ela um trabalho calmo naquela cidadezinha do estado de Indiana, local que aparentemente não acontecia nada ou muita coisa. Ao me atender ao telefone o senhor Mastriani nem podia imaginar quem estaria recebendo... sabe como essas coisas podem ser impessoais.

1)      Escolher alguém que cozinhe ou goste de cozinhar

Dessa vez, no entanto, ele gostou de frisar quem estaria por trás na cozinha, que a Hannah estaria se arriscando a chef de lá... a mulher gosta de desafios que eu sei, então achei o máximo esse toque do senhor Mastriani, que achou estar dando mais status ao seu restaurante, o que garante certa agitação suspeita na nossa mesa. Vocês entenderão mais tarde. 
Para observar a apreciação de todos de seus pratos, ficaria na primeira cabeceira da mesa.

2)      Quem vai bancar tudo?

Convidei o Hale (Ally Carter – Ladrões de Elite) porque... bom, porque é o Hale, cara! Não é bem um Chuck Bass (da série Gossip Girl), mas seu sobrenome tem tanto poder ao ser citado quanto um Bass. E se ele calha de ser bilionário, ter casas, fazendas, ações... por todo o mundo, só posso dizer ou repetir as palavras de Kat (que só não recebeu convite porque está visitando o avô pra saber que novos golpes foram aqueles... enfim, vocês não souberam por mim, não sei de nada) que às vezes ter amigos bilionários chega a ser bem conveniente. 
E o Hale gosta dessas coisas, de estar em lugares em que desejem sua presença, que tenha pessoas singulares, que seja aconchegante e o faça se sentir tão bem quanto fosse da família. É o que ele mais busca, pois de nada adianta viver em mansões, fazendas, que seja, se é muito espaço pra pouca pessoa. Hale gosta de grupos seletos. Claro que ele vai gostar desse jantar. Quem sabe conseguisse arrancar dele o seu verdadeiro nome? Ele nunca diz, só se sabe que é W. W. Hale V.
Com certeza ficaria na outra cabeceira da mesa.


3)      Que personagem pode fazer cena?

Dentre meus convidados, a pessoa mais provável a fazer cena (porém, sem barraco) é a Suze (Meg Cabot – Terra das Sombras) porque ela... bem, é uma mediadora. Quase como a Melinda Gordon (da série de Tv Ghost Whisperer), para onde a Suze vai, sempre tem um fantasma querendo alguma coisa ou perturbando alguém. 
Ela merece uma folga, mas bem que poderia ajudar a Hannah né? Assim, só para o caso quando coisas estranhas começassem a acontecer no meio do jantar e todo mundo ficasse fingindo que não acontecia nada, mas no fundo sentia aquele clima... esquisito. Suze saberia o porquê, evitaria algumas coisas e tal, entretanto, como não dá pra ter controle de tudo, alguma cena dali viria. Acredite, coisas assim acontecem bastante com ela.
Prefiro deixá-la na ponta perto do Hale e distante da Hanna, é sua escolha decidir ajudar a moça ou não. Lá ela tem mais chances de controlar a situação (fantasmas podem ser bem inconvenientes, mas, pelamor, uma trégua, né?) e neutralizar o efeito Hale de seduzir geral. 

4)      Personagem muito popular?

Rei Arthur, criador de Camelot e da Távola Redonda, portador da mítica espada de Excalibur , encarnado na figura de Will Wagner (Meg Cabot - Avalon High), coisa que alguns historiadores acreditam ser e até Merlin tem se metido no meio. Will não acredita nisso, ele só quer jogar o futebol dele, ser presidente de classe, entender logicamente alguns fatos e ser um garoto americano como qualquer um. É tipo de cara que se deixar ele quer por até a mesa com sr. Mastriani de tão gentil que ele pode ser. Conversa muito, é espontâneo, chama atenção, líder nato, um gentleman, nice guy. Um toque de realeza na mesa.
Ficaria sentado quase no meio da mesa, porque quem lá senta sou eu e o próximo escolhido.

5)      Aquele que diverte, entretém, conversa demais, anima a mesa?


O filho de um pai mais filho de um pai desse mundo: Luke (Natália Marques – AInfiltrada). Sério, o Luke e sua tagarelice consegue sustentar toda uma noite – e se deixar, o negócio rende. Tem lá suas pérolas, sua graça insistente, umas tiradas inconvenientes, facepalms pra dar e vender, uma curiosidade infinita e é um bobo daqueles adoráveis. Um best que iria se gabar por semanas sobre esse encontro ímpar a que foi convidado, sem falar de toda a pompa que iria improvisar por ser um aspirante na NSA. 
Iria colocá-lo em outra categoria (como o personagem subestimado), porém, acho que aqui ele melhor se encaixa. Mas que ninguém diga que o senhor Mastriani investiu em um karaokê no mês passado, senão o Luke vai fazer o Gangnam Style do jeito que lhe vier. 
Ele (Derek e Ian que não confessam) se empolgou bem depois desse video aqui:

6)      Precisamos ser altruístas, convido um vilão.

A funcionária (Ally Condie - Destino). A Sociedade tem muitos e muitos funcionários, claro, mas tem uma lá, de nome não revelado, ela somente é referenciada como "funcionária". É do departamento de pares e experimentos sociais. 
Por que ela? Bom, pensei no Arturo Taccone (Ally Carter – Ladrões deElite), bandidão sério, do tipo mal mesmo, envolvido com máfia talvez, das bem pesadas... só que com ele presente, o Hale nunca me perdoaria. Aí eu teria que chamar o Lucius (Beth Fantaskey – Como se Livrar de um Vampiro Apaixonado) pra bancar o jantar... e seria meio perigoso, sabe. Ele gosta de muita pompa, etiqueta... pense o que seria ele discutindo alguma coisa com o Luke? Num daria certo. Até o Taccone se juntaria ao Lucius só pra trucidar o Luke, Will se meteria no meio em defesa dos "mais fracos" e aí sim rolaria barraco. Teria apenas uma forma de evitar isso: colocar Black Eyed Peas pra tocar/cantar (My Humps é a preferida do Lucius, quem diria?). 
Não, melhor não, fica a funcionária mesmo... tenho a impressão que ela ficaria numa butuca de observar as relações de todo mundo sob um mesmo sorrisinho gentil fingido. Como uma funcionária sei que avaliaria meu comportamento, faria um relatório e até me indicaria como classificadora para os trabalhos d’A Sociedade. Manter as aparências é com ela mesmo, ainda mais tramando algum experimento social com tanta gente divergente que apareceria nesse jantar.
Pra não dar problema, deixo-a perto da Hannah, assim pode observar a todos sem dar tanto na cara, sem falar de manter um tanto distante do Hale... ele pode inventar de seduzir mesmo de longe e tendo várias garotas ao seu lado.  

7)      Um casal – não necessariamente romântico

Cammie e Zach (Ally Carter – Espiãs também se Enganam) seria uma boa pedida. Cammie é o tipo de pessoa que leva bem a sério a expressão “vantagens de ser invisível” já que ela precisa disso em seu treinamento. Para todos ela é apenas uma garota da Academia Gallagher para alunas excepcionais... acontece que lá tem um submundo de espiões em treinamento. Cammie é reconhecida como Camaleoa, aquela que consegue se adaptar bem ao ambiente, não se revelar, interagir bem com todos, tomar tudo como experiência para uma missão. Com o Hale na mesa talvez ela saiba lidar melhor ele – e, observando discretamente seus traços de personalidade, descobrir algo sobre seu suposto envolvimento com um dos maiores roubos da história. Ou isso ou reviraria seu lixo (coisa de espiões, sabe). 

E o Zach, bem, é o cara que precisa de uma ameaça como o Hale para não se bandear para o Círculo de Cavan ou mesmo sua mãe, que tem um interesse enorme em... ok, paro por aqui.
Zach, enfim, vai bater a testosterona com o Hale e quem vai segurar a conversa vai ser o Luke, aposto. O que me parece uma das razões para Arturo Taccone não ir... NSA e CIA não seria boa companhia para ele.
Dá pra entender porque eles ficariam na ponta perto da Hannah, né?

8)      Um herói ou heroina

Acho que o senhor Mastriani ficou bem surpreso quando mencionei que a filha dele, Jessica Mastriani estava no guest list. Mesmo sob a mira da funcionária, de um aspirante da NSA (onde atuam os maiorais do serviço de inteligência), de espiões de contato com a CIA, a “garota do raio” vai espelhar para todos o que ela disse pra imprensa: ela não consegue mais localizar desaparecidos, poxa! Agora em paz, vamos saborear uma boa comida, ótimos convidados, bom papo e muitas histórias... Gosto dela por ser tão viva e destemida, que se daria muito bem com a Cammie e a Suze, que ficam nessa de serem camaleoas por aí para esconderem seus maiores segredos.
Sentaria entre mim e a Suze ouvindo as sem-noçãozices do Luke do outro lado, acompanhado das gentilezas do Will que media o melhor das conversas, mantendo tudo na paz. 

9)      Alguém que é muito subestimado

Luke é muito subestimado, como pessoa, como amigo, como novato na Agência Nacional de Segurança. Mas ele já tem sua cadeira garantida na mesa. Diria o Ky (Ally Condie - Destino) se o caso não fosse meio que... excepcional e complicado. Ele é muito subestimado mesmo, porém A Sociedade por sempre o coloca em teste e ele mesmo se encarrega de passar despercebido. Com a funcionária na mesa, não dá pra ter o Ky. 
Então essa cadeira eu deixo para a Emerson Watts, vulgo “Cabeça de Vento” (Meg Cabot). Transplantada para o corpo de Nikki Howard numa experiência de alta tecnologia depois de um acidente com uma tv, essa garota comum virou praticamente da noite para o dia uma modelo super famosa. O transplante de cérebro é sua segunda chance de vida, de ser Nikki, de equilibrar então duas vidas pessoais e profissionais, ser várias numa só. Ela é subestimada por sua aparência, por seu trabalho de modelo, por seu status de riqueza, pela sua alienação “inerente”... mas seu cérebro de Emerson continua intacto. Com poucas armas ela dá seu jeito.
Só porque temos uma ilustre convidada não quer dizer que ela pegaria um dos principais lugares. Até porque a Em gosta de ser mais conservada, vida de modelo é uma loucura. Acho que a ponta perto do Hale seria uma boa, ela ajudaria a Suze a manter um Hale no lugar dele, pois elas são tão intensas quanto a Kat pra fazer isso.

10)   Personagem de sua livre escolha ou que goste muito no momento

Convidaria o Gegê, ops, General Beckert (Natália Marques – A Infiltrada) se já não soubesse que nem adiantaria mandar um convite, que da sua mesa iria para o lixo em segundos, em pedaços. Ele não é do tipo de ir a esses... “programas”. Mal vai aos que tem de ir obrigado, e quando vai a única coisa boa que faz é deixar todas suspirando por ele. Quase um mr. Solomon (Ally Carter – Escola de Espiãs) da vida, só que mais prepotente e turrão. Então deixo essa cadeira reservada para minha querida Lizzie Bennet (Jane Austen – Orgulho e Preconceito), que, com a ajuda de alguém que não posso dizer (essa pessoa pode se deslocar através dos tempos), se encaixaria perfeitamente à mesa. Decidida, risonha, sarcástica, ia dar na cara da funcionária com meras palavras sem perder a elegância (séc. XIX de encontro ao séc. XXII). Participaria ativamente das conversas com Luke, instigaria muitas questões com as garotas e descobriria um mundo de possibilidades, coisa que ela certamente adora. 
Sentaria entre mim e a funcionária. 

Para visualizarem melhor:


Que jantar, hein!


Fica aberto para quem quiser fazer, gostaria de ver mais escolhas (e misturas) o/

Kleris Ribeiro.

2 comentários:

  1. Com certeza montarei minha guest list e ja estou até pensando em quem convidarei. Ai...ai vou arrasar no meu jantar, mas tenho que pensar no onde ainda.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Me avisa quando sair, quero ver quem vai estar nele.
      O vídeo da Deyse que vi foi mais geral, enqnt que no do vlog a menina foi bem mais específica, que tbm "desenhou" a mesa e descreveu possíveis conversas e comportamentos, bem detalhados mesmo. Já não fui tão longe assim, fui? rsrs Engraçado é como a gente começa a imaginar, fica rindo e vem esses olhinhos sonhadores ao final. Muito bom.

      Excluir